Perspectivas de análise biopolítica sobre o governo universitário
Resumo
Apresenta-se uma análise da governança e gestão universitária a partir de uma perspectiva biopolítica, com o objetivo de compreender as transformações e desafios atuais enfrentados pelas universidades como instituições sociais. A abordagem biopolítica permite diferenciar a universidade de outras instituições de ensino superior, conferindo-lhe características e funções particulares. Analisar o governo universitário sob essa perspectiva permite conceber a universidade como parte de uma rede de instituições de ensino superior, mas também como uma entidade educativa singular e autônoma. Recupera-se o conceito de biopolítica desenvolvido por Michel Foucault, que o utiliza para analisar a relação entre o Estado e a vida biológica da população. Argumenta-se que as universidades, assim como outros sistemas institucionais, estão sujeitas a dinâmicas de poder e controle que influenciam sua organização e funcionamento. O problema de estudo concentra-se em analisar as implicações da aplicação da análise biopolítica ao governo universitário, a fim de compreender as formas de poder que operam em seu interior e que a sustentam como instituição particular e universal ao mesmo tempo. Utiliza-se uma metodologia genealógica que permitirá analisar o desenvolvimento histórico da universidade e sua gestão na era contemporânea. Uma das descobertas é que a biopolítica demonstra como as decisões institucionais impactam a vida social e biológica, influenciando a população através de valores e práticas baseadas na ideia do humano, o que convida a reavaliar resistências universitárias e decisões na educação e sociedade.
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