Cotas universitárias raciais e sociais: desempenho acadêmico. Lições da experiência brasileira

DOI: https://doi.org/10.54674/ess.v34i1.539
Palavras-chave: Ações afirmativas; política de cotas raciais e sociais; educação superior; eficácia

Resumo

Este artigo tem como objetivo analisar os efeitos da Política de Cotas de Acesso à Universidade de Brasília (UnB) após a sanção da Lei n°. 12.711 em 2012. Esta Lei Federal brasileira deseja promover maior democratização e acesso igualitário ao ensino superior por diferentes grupos sociais e étnicos do país. Avaliamos o Índice de Desempenho Acadêmico geral (IRA) dos alunos ingressantes na UnB em 39 cursos de graduação de 2014/1 a 2018/2 (dez semestres letivos), tanto pelo Sistema Universal quanto pela reserva de vagas para Negros e alunos da Rede de Escolas Públicas. Os resultados revelam que em 11 dos 39 cursos, não há diferenças significativas entre os alunos das três alternativas de acesso. Diferentemente, em 25 cursos, as médias dos IRAs foram estatisticamente inferiores para os alunos das Cotas de Escolas Públicas em relação ao Sistema Universal, contra dois que apresentaram resultado contrário. Em apenas dez cursos, as médias dos IRAs foram estatisticamente menores para os alunos das Cotas para Negros em relação ao Sistema Universal, contra dois que apresentaram resultado contrário. Percebe-se, portanto, a necessidade de ações para que os cotistas - principalmente os da rede pública - sejam efetivamente incorporados às atividades acadêmicas da UnB.

Referências

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Publicado
2022-07-29
Como Citar
Menezes da Cunha Rêgo Oliva, L., Madeira Nogueira, J., Teodoro Santos, R., & Bernardo, C. (2022). Cotas universitárias raciais e sociais: desempenho acadêmico. Lições da experiência brasileira. Educação Superior E Sociedade, 34(1), 829-853. https://doi.org/10.54674/ess.v34i1.539
Edição
v. 34 n. 1 (2022): Dossiê Temático A: Ensino Superior e Qualidade e Dossiê Temático B: Internacionalização Mutualmente Inclusiva do Ensino Superior.
Secção
Artigos da seção geral

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