Décoloniser l’université : Une expérience à l'horizon de l'intégration latino-américaine
Résumé
Cet article vise à partager les résultats de la recherche Université, formation politique et bien-vivre: étude des projets d'universités émergentes au Brésil (2003-2014), une recherche qualitative, construite collectivement, impliquant des professeurs et des étudiants de premier cycle et des cycles supérieurs, impliquant quatre universités émergentes: l'Universidade Federal de Integração Latino-americana (UNILA); l'Universidade Federal do Sul da Bahia; l'Universidade Federal da Fronteira Sul et l'Universidade Federal do Pampa. Les résultats partagés sont liés à l'UNILA - une expérience qui promeut des mouvements pour la décolonisation de l'université et du processus de formation. Une des idées principales qui a émergée de l'analyse des entretiens ont été les nouvelles grammaires, thème central de cette étude. Des fragments de voix en tant que récits du moment sont mis en relief dans ce travail, ainsi que des documents officiels et un cadre théorique visant à élargir et mettre à jour la proposition d'intégration dans le contexte actuel. Les nouvelles grammaires sont considérées comme des écarts décoloniaux qui contribuent à la proposition audacieuse d'intégration latino-américaine, une écologie des savoirs (Santos, 2019) en développement, articulant l'interculturalité et l'interdisciplinarité, en lien avec le bilinguisme. Une proposition stimulante qui doit être constamment renforcée et mise à jour, visant à une formation politique vers le Bien Vivre (Eschenhagen, 2013), comme une voie possible et nécessaire vers la qualité sociale.
Références
Beauvoir, S.B. (org.). (2018). Brigitte Bardot e a síndrome de Lolita e outros escritos. Tradução: Magda Guadalupe dos Santos. Quixote escritores associados.
Brasil. Ministério da Educação. Estatuto Universidade Federal da Integração Latino-Americana. Aprovado pela Portaria nº 32, de 11 de abril de 2012, da Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior, do Ministério da Educação; publicada no DOU nº 71, de 12 de abril de 2012, s. 1, p. 8. https://atos.unila.edu.br/paginas/estatuto Acesso em: 01/10/21.
Chauí, M. (2018). Em defesa da educação pública, gratuita e democrática. 1 ed. Autêntica Editora.
Corazza, G. (2010). A UNILA e a Integração Lantino-Americana. Boletim de Economia e Política Internacional. IPEA. Nº 3. http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/4715/1/BEPI_n3_unila.pdf
Dias Sobrinho, J. (2019). Qualidade, pertinência, relevância, responsabilidade social, bem público. Avaliação: Revista da Avaliação da Educação Superior, 24(1). http://periodicos.uniso.br/ojs/index.php/avaliacao/article/view/3608
Eschenhagen, M.L. (2013). ¿El “Buen Vivir” en las universidades? posibilidades y limitaciones teóricas. Integra Educativa Vol. VI / No 3. http://www.scielo.org.bo/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1997-40432013000300005
Federici, S. (2017) Calibã e a Bruxa: mulher, corpo e acumulação primitiva. Tradução: Coletivo Sycorax. Elefante.
Federici, S. (2019) O feminismo e a política dos comuns. Em Hollanda, H.B. O pensamento feminista: conceitos fundamentais. (378-394). Bazar do Tempo.
Federici, S. (2020) Reencantar el mundo: el feminismo y la política de los comunes.1 ed.Tinta Limón.
Galeano, E. (2010). As veias abertas da América Latina. L&PM.
Galeano, E. (15/10/2016). ¿Para qué sirve la utopía? Extraído de: https://www.youtube.com/watch?v=JrAhHJC8dy8
Gonzalez, L. (2020). Por um feminismo afro-latino americano: ensaios, intervenções e diálogos. 1ª ed. Zahar.
Grosfoguel, R. (2010). Para descolonizar os estudos de economia política e os estudos pós-coloniais: transmodernidade, pensamento de fronteira e colonialidade global. Em: Santos, B.S.; Meneses, M.P. (orgs). Epistemologias do Sul. Cortez Editora.
Hooks, B. (2017). Ensinando a transgredir: a educação como prática de liberdade. 2 ed. Editora WMF Martins Fontes.
Houaiss, A. e Villar, M.S. (2001). Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Elaborado no Instituto Antonio Houaiss de Lexicografia e Banco de Dados da Portuguesa. Objetiva.
Instituto Mercosul de Estudos Avançado (IMEA). (2009). A UNILA em Construção: um projeto universitário para a América Latina. Comissão de Implantação da Universidade Federal da Integração Latino-Americana. Foz do Iguaçu: IMEA.
Lander, E. (2005). Ciências Sociais: saberes coloniais e eurocêntricos. Em: Lander, Edgar. (org.). A colonização do saber eurocentrismo e Ciências Sociais. Perspectiva Latino-Americana. (p. 21-53). CLACSO.
Minayo, M.C. (2006). O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 9. ed. revista aprimorada. Hucitec.
Morin, E. (2010). A cabeça bem feita: repensar a reforma, reformar o pensamento. Bertrand.
Oliven, A. (2005). A Marca de Origem: comparando colleges norte americanos e faculdades brasileiras. Cadernos de Pesquisa, v. 35, n. 125, p. 111-135, maio/ago.
Quijano, A. (2010). Colonialidade do poder e classificação social. Em Santos, BS; Menezes MP (orgs), Epistemologias do Sul. (p. 73-116). Cortez Editora.
Rossato, E. (2008). Modelos da universidade brasileira (1920-1968). Biblos.
Santos, B.S. (2010a). Para além do pensamento abissal: das linhas globais a uma ecologia de saberes. Em Santos, BS; Menezes MP (orgs), Epistemologias do Sul. (p.23-72). Cortez Editora.
Santos, B.S. (2010b). A Universidade no Século XXI: para uma reforma democrática e emancipatória da universidade. Cortez.
Santos, B.S. (2019). O fim do império cognitivo: a afirmação das epistemologias do Sul. 1 ed. Autêntica Editora.
Santos, B.S. (2021) Descolonizar la Universidad: el desafio de la justiça cognitiva global. CLACSO.
Segato, R.L. (2012). Brechas descoloniales para una universidad nuestramérica. Revista Casa de las América. jan/Mar. N. 266. p. 43-60.
Segato, R.L. (17/06/2020). Sesión inaugural del curso Políticas universitarias para la Igualdad de Género. Em: TV UNAM. https://www.youtube.com/watch?v=-8fiE_3q7mw&t=0s
Souza, A.M. e Barbosa, F.C.M. (2020). Extensão: O papel da universidade na intermediação com a comunidade. In: LIMA, Manolita Correia, Assumpção, SR; Bonomo; Prolo, I.; Vieira, RC. (org.). Narrando experiências formativas que valorizam pessoas, culturas e projetos no ambiente universitário: O Caso da Unila. (p. 45-61). Edunila.
Trindade, H. (2009a). Educación superior y sociedad / nueva época / año 14 / Numero1 / enero. http://flacso.redelivre.org.br/files/2012/07/131.pdf
Trindade, H. (2009b). Apresentação. Em Instituto Mercosul de Estudos Avançados. A UNILA em Construção: um projeto universitário para a América Latina. (p.07-08). Comissão de Implantação da Universidade Federal da Integração Latino-Americana. IMEA.
Universidade Federal da Integração Latino Americana. (2013). Projeto Pedagógico do ciclo Comum de estudos. UNILA. https://portal.unila.edu.
Universidade Federal da Integração Latino Americana. (17/05/2017). Em: portal eletrônico da UNILA. Projeto Pedagógico. https://portal.unila.edu.br/institucional/projeto-pedagogico
Universidade Federal da Integração Latino Americana. (2019). Plano de Desenvolvimento Instituicional 2019/2023. UNILA. https://portal.unila.edu.br/proplan/planejamento/pdi-unila-2019-2023.pdf
Copyright (c) 2022 Revue Enseignement Supérieur et Société
Ce travail est disponible sous licence Creative Commons Attribution - Pas d’Utilisation Commerciale 4.0 International.
Avis de droit d'auteur
Le droit d'auteur permet de protéger le matériel original et d'empêcher l'utilisation du travail d'autrui sans autorisation. L'UNESCO IESALC adhère aux licences Creative Commons dans le cadre de la publication en libre accès de l'ESS. Plus précisément, les textes publiés dans cette revue sont soumis à une licence Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International (CC BY-NC 4.0) : ils peuvent être copiés, distribués et diffusés à condition de citer l'auteur, la revue (Revista Educación Superior y Sociedad) et l'institution éditrice. L'utilisation commerciale n'est pas autorisée. La licence complète peut être consultée à l'adresse https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/ L'ESS demande aux auteurs d'accepter l'avis de droit d'auteur dans le cadre du processus de soumission. Les auteurs conservent tous les droits.
Attribution - NonCommercial (CC BY-NC 4.0)
Cette revue ne fait pas payer les auteurs pour la soumission ou le traitement des articles. Les auteurs des contributions recevront un accusé de réception indiquant que leur travail est parvenu à l'équipe de rédaction de la revue.